DONA ALICINHA
A Dona Alicinha Sonhou...
Se foi em 1913 que Alice do Nascimento Teixeira, chegou ao mundo, temos de recuar 1 ano para o início da história do D. Alicinha, uma história que perdura desde há 8 gerações. Assim, neste momento, tem nas suas mãos mais de cem anos de história. Em 1912, o tio da dona Alicinha, Manuel Fernandes – diretamente de Terras de Vera Cruz – dá a ordem para plantar vinha na Quinta do Salvante, como se quisesse receber a sua sobrinha em alcofa de videiras existentes e ainda mais antigas, seguramente pré-filoxera e com datação desconhecida. Em 1950, Dona Alicinha enviuvou, vendo-se a braços com uma prole de oito filhos menores, e todo um património vitivinícola por gerir. Face às agruras da vida, faz aquilo que melhor sabia: ser Mulher. Tomou as rédeas do Salvante, tornou-se na única mulher fundadora da Adega Cooperativa de Valpaços e teve ainda a mestria de criar os oito filhos e alguns milhares de videiras.
A Obra Nasceu...
Nas contas da vinha e do vinho, a Dona Alicinha passou com distinção. Tornou-se numa das melhores produtoras da Cooperativa pela graduação da sua uva que chegava aos 16º, corria o ano de 1974. O vinho que está dentro desta caixa não nasce por acaso, mas da obra e resistência de uma Mulher Transmontana.
O peso da História está em cada gota deste Dona Alicinha. Nesta vinha velha as castas brancas e tintas abraçam-se, numa desordem ordenada. Antigamente, sempre que uma videira secava, era reposta por uma nova e, no ano seguinte, faziam-se as enxertias com a mesma casta. É uma vinha de todas as idades. Hoje não é diferente e os métodos manuais são exatamente os mesmos. As mãos de quem trabalha dão também valor à uva. Este Dona Alicinha é um vinho excepcional para homenagear alguém também excepcional. Estas vinhas velhas, com predominância de Tinta Amarela e Bastardo, resultam num vinho que apresenta um nariz pleno de complexidade e grande dimensão aromática. Até á sua morte, 1990, D. Alicinha teve nos filhos o seu principal apoio e legado, e o Salvante continuou assim na família pelas mãos do bisneto Nuno Miguel, em 2019 fez-se uma nova adega e nasceu a Quinta do Salvante. O sonho da Dona Alicinha cresceu e continua bem aceso nesta terra de Valpaços.
Mais informações
Castas
Vinhas Velhas com predominância em Tinta Amarela e Bastardo
Estágio
12 meses em barricas de carvalho francês e 12 meses em garrafa
Ano de Colheita
2020
Teor de Alcool
16% Vol.
Trás-os-Montes
Prémios
Medalha de Ouro – Portugal Wine Trophy
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